Foz do Lisandro
Calou junto à foz disfarçado desvio
o leito do rio que de areias secou
Tem margens sem vida que o calor já crestou
melancólicos sonhos ao poeta infligiu
Viraram-lhe a rota noutra direcção
pra dentro da praia em banhos navegável
Tractores matinais limpam o solo arável:
O turismo é cultura que também dá pão.
Margens da jangada são o ouro que resta
em afagos de vento ao tempo estival
acesa está a chama feita Portugal
que arde no meu peito de dor e de festa.
19/08/2010
Mavilde Lobo Costa