tirado da net
Pomba Branca
Insistente pipilar
Traz-me bonança aos ouvidos
Num céu claro que nos chega
Tão sereno de doçura
Que anestesia os sentidos
Tão doridos de negrura
Da tenebrosa revolta
Vinda do ventre da terra
Em telúricos rugidos
Escurece o plúmbeo ar
Rebentam castigadores
Os dilúvios vingativos
E a pomba que era branca
Assustada e espavorida
Foge, foge e vai tombar
Numa oliveira caída
Quebrando - se a aliança
Num ramo que jaz sem vida…
01/03/2010
Mavilde Lobo Costa
. Contigo
. A poesia
. Cheires