imagem tirada da net
Despedida
Já larguei a bata branca
e as histórias que contém,
do peso que tive aos ombros
alguns bolsos rebentei
Na cor limpei problemas
filtrei doentes; famílias.
Hoje fica a descansar,
cruza os braços duma vida.
Estendeu a mão e ouviu,
quem à sua cor chegou.
Foi bússola, farol e rio
no cursos que orientou
Tantas histórias de vida,
tantos livros para ler!
Por vezes foi pomba ferida
na inconstância do poder
Mas hoje no fim da estrada,
parada vai descansar
finalmente a pomba branca
fica livre e vai voar…
27/09/2010
Mavilde Lobo Costa
Na casa que é Portugal, altaneira em voz de fado
vimos cantar as Janeiras num País atrapalhado
Que os Reis Magos nos valham e a água dos camelos
Pois a crise aperta tanto, que aos chouriços, nem vê-los!
Que família generosa neste palácio encantado!
Passa-nos a mão no bolso, à reforma e ordenado
Se não nos pomos a pau, com um porrete na mão,
Os senhores da casa alta, não dão chouriço nem pão.
E os pastores que se cuidem, a caminho de Bebém
que levem roupa ao Menino, que inda nem roupa tem
Pois com tanto candidato a fingir-se presidente:
Dão 2000 anos de tanga dum governo mendicante
Mavilde Lobo Costa
. Contigo
. A poesia
. Cheires