imagem tirada da net
Varre-me o vento
Varre-me o vento em fortes rajadas
de metralhadora com silvos de tempo
vai deixando sulcos doutras alvoradas
na pele e no peito impressos cá dentro
Varre os sentidos e deixa a loucura
da vil decadência onde já tropeço
desfaço caminho, reduzo lonjura
nas teias cinzentas que dorida teço
Deixo-me varrer de todas as sobras
já de mim libertas, despojo lembranças,
do ciclo gravado na pele da cobra
crescer, renovar, injectar mudanças
Varrem-se ideias nesta Primavera
onde incertezas já saltam guarida
nessa porta aberta o vento espera
fragrância, aromas, retomas vida
07/04/08
CarmenZita
M.L.C.
(In Ad eternum)