imagem tirada da net
Guilherme
Era uma vez uma ervilha
tão pequena e redondinha
que começou a germinar
no ventre da minha filha
De ervilha passou a amora
em divisões sucessivas
e assim predestinou:
Órgãos, braços, pernas vidas!
Inchou, mudou de formato
mais parece uma feijoca
de cabeça enroladinha,
mãos e pés muito juntinhos
protegendo-se na toca.
Tudo cresce devagar
fazendo um puzzle perfeito
o fruto vai madurar
moldando gente no jeito
Parece um computador
nada lá pode faltar:
ships, botões ao dispôr
e um coração a palpitar
Fui ver a ecografia.
Que coração apressado!
Bate certo e quase gira
numa liana agarrado
Será que o bebé percebe
que é o tubo da papinha?
Mas que esperto o meu Guilherme
até Setembro vem ao leme
pra me fazer avozinha…
21/03/2010
Mavilde Lobo Costa
Guilherme
Era uma vez uma ervilha
tão pequena e redondinha
que começou a germinar
no ventre da minha filha
De ervilha passou a amora
em divisões sucessivas
e assim predestinou:
Órgãos, braços, pernas vidas!
Inchou, mudou de formato
mais parece uma feijoca
de cabeça enroladinha,
mãos e pés muito juntinhos
protegendo-se na toca.
Tudo cresce devagar
fazendo um puzzle perfeito
o fruto vai madurar
moldando gente no jeito
Parece um computador
nada lá pode faltar:
ships, botões ao dispôr
e um coração a palpitar
Fui ver a ecografia.
Que coração apressado!
Bate certo e quase gira
numa liana agarrado
Será que o bebé percebe
que é o tubo da papinha?
Mas que esperto o meu Guilherme
até Setembro vem ao leme
pra me fazer avozinha…
21/03/2010
Mavilde Lobo Costa
tirado da net
Pomba Branca
Insistente pipilar
Traz-me bonança aos ouvidos
Num céu claro que nos chega
Tão sereno de doçura
Que anestesia os sentidos
Tão doridos de negrura
Da tenebrosa revolta
Vinda do ventre da terra
Em telúricos rugidos
Escurece o plúmbeo ar
Rebentam castigadores
Os dilúvios vingativos
E a pomba que era branca
Assustada e espavorida
Foge, foge e vai tombar
Numa oliveira caída
Quebrando - se a aliança
Num ramo que jaz sem vida…
01/03/2010
Mavilde Lobo Costa
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