Levei…
Levei a minha alma a autopsiar
os antros da vida marcados na idade
julguei ter morrido em verbos julgar
juízos dos outros e pó das escadas
Levei a ventura do sonho sonhado
e a vespertina do ego, meu estro
“nas asas dos pombos levei as calçadas
da minha cidade de amoras silvestres”
Levei-me num todo, sem deixar a sombra
“de escárnio pintada ou de maldizer”
faminta de sonhos, esqueço peçonhas
e de guerras ruins nem quero saber!
13/01/09
M. L. C.
CarmenZita
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