imagem tirada da net A casa do lago A casa do lago, não licenciada, Foi sonho acabado numa derrocada. Varandas de ria, viradas ao mar, Valadas em via de ponte a tombar Tão vandalizada, em ninhos de amor, Jaz inacabada em licenças de dor É ponto de encontro de amores clandestinos, Degradado conto de orgasmos divinos Água estagnada, sonho do esteiro, Ficou assombrada, vão de feiticeiro! Como faz sorrir, a casa do lago, É ponto a ruir em sorriso amargo Conspurcado sítio, de amores levianos, Onde o livre arbítrio, faz homens ciganos Tem barcos e ondas, marés descabidas, Põe lama nos pés e barcos salva-vidas E nesses vazantes que o rio efectua Tágides de amantes, são mulheres de rua Tem olhar de brisa e ferido animal, Sonhos de poetisa e pés no lodaçal 31/05/08 Alcochete M.L.C. CarmenZita (In Do real à magia) |
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Jacarandás
Vejo-me inserida nos jardins do Éden
Crescem trepadeiras na minha raiz
Abarcam-me sonhos, de anjos que pedem
Abraços de vida de rosa matiz
Aromas de flores nos ares sucedem
A marcar de êxtase sua cicatriz
Tons misteriosos de roxo concedem
Estrelas nos pés de maga matriz
Hipnose sentida em aureolas de cor
Divino mistério desse céu lilás
Que lança no mundo novo esplendor
Adivinho novos sabores de licor
Vertidos das ondas dos jacarandás
Que espalham futuro em rendas de amor
05/06/08
M.L.C.
Carmenzita
(In Do real à magia)
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ADN
E veio desinquietar
o meu sossego
com lendas violetas
de alecrim…
…nervosos dissabores
de aquém enlevo,
na portela de um reduto
de marfim
E voltou do avesso
toda a calma
que já entardecia
do festim
Brotou fulgorosa
a minha pena
em torrentes perfumadas
de açucena…
…e suor e sangue
grávidos
de mim
09/05/08
M.L.C.
CarmenZita
(In Do real à magia)
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Marchas
Um bando de rufias lisboetas,
Se juntou, pra marchar em desfilada.
Em sede vermelha e risca preta,
Cantaram Benfica em desgarrada.
Acertaram passo, além das vozes;
Baixaram a crista ao mandador.
Com afã e bairrismo quebra-nozes
Ensaiaram na marcha com rigor
E vem-lhes a doçura ao de cima;
Qual água misturada com azeite.
Aqueles rufiões, sem ter estima,
Afinal; Almas brancas como leite!
É povo, na essência do seu ser,
Na luta e dura sobrevivência.
Primário, sem enfeites de saber
Educado pla vida na carência.
O sonho de marchar na Avenida!
Onde Liberdade enfuna o peito.
Vai-lhes marcando passo toda a vida,
Transformando em Homens desse jeito.
Em apoteose, no Pavilhão,
Ao Atlântico homenageado .
Marchantes de alma e coração
Serão o baluarte deste fado !
M.L.C.
CarmenZita
15/04/08
In Ad eternum)
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